O candidato do PSDB, Beto Richa, tem repetido à exaustão durante toda a campanha, e no último debate não foi diferente, críticas ácidas ao adversário Osmar Dias (PDT), por conta de sua aliança com o PMDB e o PT nesta eleição. Ao fazer isso, o tucano, mais uma vez, joga com a suposta falta de memória ou desinformação do eleitorado. Afinal, é de conhecimento público que até o fechamento do prazo para as convenções que definiram candidatos e coligações, Richa lutou até o último momento para ter o apoio do PMDB. Chegou inclusive a citar o deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi (PMDB), como um possível nome para seu candidato a vice-governador. E completava a justificativa lembrando que sempre teve boas relações com o PMDB, e que seu pai, José Richa, ajudou a fundar o antigo MDB – ao lado de Osmar, Requião e Alvaro Dias – aliás, fato que ele não cita. Então, afinal, se PMDB seria um bom aliado para Richa, porque não serve para Osmar Dias?
Outra crítica recorrente do tucano a Osmar é em relação a aproximação do pedetista com o PT do presidente Lula. Richa só esquece que seu atual vice, Flávio Arns, foi eleito senador pelo PT em 2002. E disputou o governo pelo mesmo partido na eleição passada, de 2006. Isso sem falar que o candidato ao Senado da chapa tucana, Ricardo Barros, é até hoje vice-líder do governo Lula na Câmara Federal.
A confusão de Richa nesta campanha também pode ser verificada no vai e vem do candidato quando o assunto envolve os governos Lula e Requião. O candidato do PSDB critica o governo federal, mas expõe na propaganda as obras realizadas em Curitiba com recursos de Brasília. E não só elogia como anuncia que pretende ampliar os programas sociais do presidente no Estado. O mesmo acontece em relação a Requião. Richa acusa Osmar de representar o continuísmo, e se coloca ele mesmo como o candidato de oposição, da “mudança”, do “novo”. Mas ao mesmo tempo elogia e promete manter ou ampliar os programas sociais de Requião
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