sábado, 17 de julho de 2010

“Capelinha... Aos Mestres com carinho”

(Carlos Rigonato)



Estrelas eu irei apontar com as letras
Aquelas que brilharam para me educar
Mas sozinho não conseguirei
O céu todinho observar
Quero então a ajuda
Para todos os Mestres homenagear

Convido aos que lerem esta
Que criemos outras tantas
Porque em verdade além de Mestres
São Estrelas, santos e santas
Eu falarei das minhas, cada um das suas
Tirar seus nomes de nossas gargantas


Vamos juntos contar estrelas?
Envie-nos os nomes do seu coração
Com ou sem rima e algum fato
Que lhe marcou ou não...
Será maravilhoso colocar aqui
Será dado crédito na publicação


O velho e bom Grupo Escolar
Do leite em pó com doce sabor
O perfume das canetas tinteiro
E dos lápis de cor
Aqueles guarda-pós branquinhos
Não havia dissabor


Estou agora observando o céu
A primeira estrela eu vou apontar
Começando pela “professorinha”
Dona Adélia, “a e i o u” a ensinar
Com suas doces mãos
Também me ensinou a contar


A segunda estrela que brilha
Quase nome de menina
Frações e dissertações
Ensinou de um jeito que fascina
Segundo ano primário
Querida Dona Lourdina


Só poderia ser minha mãe
Estrela do terceiro ano no Ana Rita
A ela quero referir-me
Como doce Mãe bendita
Sem dúvida sua força de mulher
Em seu coração, Deus habita


No quarto ano primário
Surgiu uma estrela oriental
Dona Mitue, elegante e linda
Ensinou-me concordância verbal
De seus lábios ouvi pela primeira vez
Sobre o Poder Municipal


Admissão, para o Ginásio
Quase um vestibular
Dona Therezinha coordenava
Para as provas aplicar
Professor Cléber sempre correndo
Matemática e Português as nos tomar


O encanto com o belo uniforme
Sapatos pretos, calça marinho
Camisa azul-clara no peito
GENE bordado com carinho
Foi quando comecei
A escrever meu próprio caminho


Nas cantinas fui encontrar
Dona Onofra no primário
Também estrelas importantes
Urânia e Fiori no secundário
Saciavam nossa fome
Do Saber sem abecedário


Ginásio Estadual
De Nova Esperança
Quase era um debut
Deixando de ser criança
Grêmio Estudantil Castro Alves
“Dos Escravos” uma bela herança


O grande corredor, quase um túnel
Pro futuro nos lançava
Imagens, sons, vultos... Tantos jovens
Alunos de quinta a oitava
O motorzão tão barulhento
Havia dias que parava


Astros então brilhavam demais
Um gentleman, Professor Admar
“My bonnie lies over the ocean”
Gostava de nos ensinar
No fusca bege com tia Mercedes
Apresentou-me por primeiro, o mar


Orientais sempre elegantes
Uma delas Dona Noriko
Tão simpática e amável
Igual sua irmã Mitiko
Pronunciar seus nomes
Com saudade sempre fico


Dona Ruth muito séria
Também era inspetora
Sua presença causava alvoroço
Até na supervisora
Imagine a alegria em tê-la
Em geografia como professora


As primeiras aulas de francês
José Horr nos ensinou
Fazer biquinho pra dizer
“Le Lion c’est le roi des animaux”
Mas ao dizer J’taimé pras meninas
Muita gente apanhou


Meneuchuk sempre de terno
Foi um grande professor
Alguns anos de trabalho
Tornou-se do Ginásio Diretor
Com certeza vieram dele
Palavras sociais... Muito clamor


Tradicional mestre de outrora
Sempre elegante na vestimenta
Apressado sempre surge
Na cadeira jamais se senta
Só posso estar falando
Do grande Raul Pimenta


Em desenho era grande mestre
Sempre acolhedor
Traços firmes em suas mãos
Revelou-se com esplendor
Passos apressados na sala
Saudoso Professor Castor


Uma saudade chega
Ao lembrar as aulas de História
Dona Luisa, parecia tão frágil
Mas ensinou-nos sem palmatória
Japonesinha tão doce
Ficará sempre na memória


Os encantos da língua portuguesa
Com Professor Lídio descobri
Nos livros da F.T.D.
Análise Sintática eu compreendi
Aquele cigarro na mão
Infelizmente também aprendi


Pra não falar somente de Gema
Grande mestra de português
Falarei também de Clara
Que foi mestra durante um mês
Duas parceiras perfeitas
Coincidência e sensatez


Uniforme agora, camisa branca
Escola Técnica Comercial
Grêmio Machado de Assis
“Memória Póstuma” Universal
Diretor Massahiro
Grande mestre oriental


Com Saturnino aprendi
A gostar de Matemática
De Professor Cláudio e Arquimedes
Contabilidade não foi problemática
João Hermachuck
Sempre uma aula diplomática


Só posso com um grande Mestre
Terminar esta poesia
Foi quem me ensinou a Fé consciente
Colocou-me Cristo por companhia
“Lá em cima” estaremos juntos
Teimoso, mas doce Padre Lauria

2 comentários:

  1. Carlinhos
    Obrigado pela força que você sempre concede a mim, valorizando estas poesias tão simples.
    Que Deus conceda a você todo Bem e toda Graça, juntamente com todas e todos os que você mais ama.
    Um abração !!!

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  2. Quero manifestar minhas condolencias,para a familia Zanusso,pela perda da nossa querida amiga Cidinha,companheira de minha infancia e juventude...o tempo nos distanciou,mas não afastou as lembranças e os momentos felizes que compartilhamos juntas.Obrigada,pela sua amizade,siga em paz amiga!!!!!!!Solange Rocha.

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